E o convite chegou!!! Irrecusável! Destino...Tunísia!!!
Era, naquele tempo, o destino da moda das luas-de-mel e compras.
Foi, sem dúvida, uma experiência magnifica. Não só porque "risquei" mais um destino mas também pelas visitas a locais do meu imaginário.
Fiquei deslumbrada com Sidi Bou Said (uma vila na costa), não só pela sonoridade de como se pronuncia, mas também porque todo aquele local era luminoso: casinhas brancas com debruados nas janelas e nas portas de um azul turquesa lindo!!! Lembro-me de me terem dito que era para afastar os mosquitos e outras bichezas.
Também gostei muito de passear por Cartago, essa cidade de que tanto se falava nas aulas de História, e que ali se materializou. Adorei tirar fotos em que dava a minha cabeça às estátuas decapitadas.
Continuando com a parte cultural, não posso deixar de mencionar o Museu do Bardo em Túnis e o Museu Eden Palm em Tozeur, sem dúvida lugares a não perder!!!
Num saltinho à ilha de Djerba, visitei também a Sinagoga El Ghriba! Esta ilha seria um ótimo local para fazer um pouco de praia mas não era esse o programa. O programa eram mesmo os Oásis!!!
O El Jem, segundo maior coliseu do Mundo, surpreendeu-me e adorei ir visitá-lo. Imaginava-o cheio de gente a gritar enquanto gladiadores e animais selvagens lutavam na arena.
A visita à casa Troglodita, em Matmata, serviu para aprender que se pode viver sem frigorifico e/ou ar condicionado.
O passeio ao deserto em camelo foi muito "fixe". Porém há que se familiarizar com o cheiro intenso na estação de camelagem. 
A temperatura chegou aos 50.ºC mas um ventinho aliviava um pouco e, de facto, andar toda coberta ajuda imenso. Gostei muito de vestir-me de jilaba e turbante.
Foi engraçado ver a miragem no lago salgado Chott El Jerid. Aqui a sensação térmica de 50.ºC é real. Foi onde senti mais calor. Não admira que adormecesse durante a viagem. Ainda bem que na altura não havia telemóveis com internet, caso contrario estaríamos todos no Facebook a dormir de boca aberta. 😂😂😂
Fiz um lindo passeio de carroça e viajei de jipe durante a visita aos oásis de montanha. E numa das muitas paragens, debaixo de umas palmeiras, ouvimos música ao vivo, tocada pelos guias e condutores que nos levavam naquele passeio, cantámos e dançámos. 
Também foi nesta viagem que me convenceram a experimentar a "shisha"!!! E, cereja no topo do bolo, aprendi uns passinho de belly dance (dança do ventre). Dizia o guia que eu dava um jeitinho...
Relativamente às medinas e respetivos souks, adorei o ambiente mas ali ser turista é muto difícil. Se olharmos ou apontarmos para determinado objeto, é certo que o vendedor já não nos deixa em paz. Nem que ande o dia todo a seguir-nos!!! Para mim não dá!!! Detesto regatear e por mais barato que compre, acabo sempre por me sentir enganada. É impressionante como a peça se altera, cinco minutos depois de a termos nas mãos. Por isso, essa ideia dos bons negócios nos souks é mito.
No dia do regresso, livre até ao final do dia, altura em que iríamos para o aeroporto, aconteceu algo incrível. Quem tinha os bilhetes chegou ao pequeno almoço a dizer-nos que não os tinha!!! Com certeza que os tinha deixado numa qualquer gaveta de um dos hotéis por onde tínhamos passado. Alertamos o guia e acabámos na esquadra da Polícia a relatar o sucedido, onde passámos uma manhã inteira.
Quando finalmente nos garantiram uma segunda via dos bilhetes, pudemos aproveitar um último passeio pela medina. Já não havia grande paciência ou vontade de andar pelos souks a regatear prendas para os amigos e família. Mesmo assim, acabei por comprar um fato típico (que já me serviu para alguns carnavais) e, com a ajuda de um estudante/guia, que aproveitou para ganhar uns dinares extra, subimos a uma açoteia e pudemos admirar uma bela paisagem da capital.
Ah... e os bilhetes originais apareceram!!!
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